quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Amar, sentir e viver!

Amar, sentir e viver!

Não dá para relevar sentimentos
Podemos disfarçá-los
Canalizá-los para outros objetivos
Desenvolver sintomas inexplicáveis
Negá-los, omiti-los...
Ensaiamos esquecimentos
Insustentável conviver entre tantas turbulências
Ocasionalmente sofremos
Conduzem-nos à morte em vida
Infelicidades enraizadas
Ausência de coragem
Situações e pessoas
Que pensamos estar preservando
Ninguém pode ser feliz
Se infeliz se encontra!
Toneladas de lamentos
Do que deveria ser...
Do que se quer ser...
Do que é preciso ser...
Grosseiros ciclos viciosos
Onde a vontade é a última
Onde a verdade é asilada
Veneno ingerido em doses
 Imperceptíveis, generalizadas
Nega-se à vida!
Entregando-se a um lavor interminável
Como se sentir errado fosse
Como se amar é indevido
Perda de idos e findos tempos
Aonde resta no olhar a tristeza
Frieza, descrença.
Quem não se permite sentir
Vive de “faz de conta”
Tonta e remota alegria
Perda de história, vida e magia!
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer
Publicado no Recanto das Letras em 06/01/2011
Código do texto: T2712911

domingo, 2 de janeiro de 2011

Alma




Película fina como a que reveste a clara e densa camada translúcida que envolve o que de tão amarelo pode ser comparado ao brilho do Sol; Alma opressa, liberdade cerceada, asas partidas, coração envolto em couraça, tão firme e dura, tão incerta e insegura. Ocultando o brilho que reluziria assim que lhe restituíssem o livre-arbítrio. Há quem diga que se entregara por vontade, há quem saiba que quando a carência é fato, adentra-se em qualquer porta entreaberta.
Wanderlúcia Welerson Sott Meyer
Publicado no Recanto das Letras em 02/01/2011
Código do texto: T2705679

sábado, 1 de janeiro de 2011

TOQUINHO - COISAS DO CORAÇÃO

Toquinho

Composição: Toquinho / Mutinho

No meu peito o sol do amor ardia,
Hoje insiste em não brilhar.
E por que que era tão lindo andar
Junto ao mar no fim do dia?

Me acalmava ver cair a chuva
Nos telhados, nos quintais.
Por que é que a luz dos olhos meus
Não te ilumina mais?

Coisas do coração:
Quando vêm nos fazem bem e mal.
Chegam como um grande carnaval
Desfilando alegrias e cores;
Energia, magia e dores.

Coisas do coração:
Passam como as nuvens lá do céu,
Fazem da lembrança um carrossel
Que o tempo que aí vem vindo
Pouco a pouco irá cobrindo
Tudo, tudo com seu imenso véu.

Quando os sonhos me acenaram ao vento,
Quase sempre os persegui.
Uns renascem todo dia em mim,

Outros já me esqueci.