quinta-feira, 29 de abril de 2010

VIDA INCONDICIONAL(DEEPAK CHOPRA)

...”buraco significativo”, uma ausência que não pode ser definida, exceto para dizermos que ela é dolorida. Mesmo não podendo analisar o efeito que esta falta de significado está exercendo em sua vida, as pessoas o sentem. “Em resultado disso, surge uma tristeza doentia, que tolda até mesmo as coisas mais agradáveis.”

“A vida que eu levava não tinha muito significado antes de eu ser obrigado a sair dela.”

“Será a vida tão terrível que a fuga é a maior recompensa que ela proporciona?”

“Tenho a firme convicção de que o medo da morte é altamente prejudicial e tem de ser dominado em seu nível mais profundo.”
“As pessoas têm de se transformar antes da crise. Se não agirem assim, poderão se ver sem tempo suficiente para gozar a vida que de repente passe a lhes parecer extremamente proveitosa.”
“Ele odiava sua doença, mas tinha de admitir que ela lhe abrira oportunidades que antes lhe eram negadas pelo seu “modo” normal de viver. ”.

“Quando parei de me preocupar com as minhas metas absurdas, metas que eu que se afunda na desordem. carregava como um fardo durante toda a vida adulta por um tipo de experiência  de libertação, que foi também um tipo de morte. No entanto, senti que nada melhor me havia acontecido antes.Cada vez mais comecei a perceber que “morrer” todo  dia seria o modo ideal de viver, porque cada nova manhã se apresentaria realmente nova. E como a vida pode ser nova, a não ser que se aprenda a morrer?”

“Quando velhas palavras morrem na língua, novas melodias brotam do coração.” Rabindranath Tagore

“A morte é inevitável, é uma parte natural da vida, e o que eu havia percebido, o que me dava tanta paz de espírito, era que morrer pode ser uma aventura.”

“O que a mantém é a inegável percepção de que pensamentos e sentimentos não podem ser isolados dos efeitos físicos que criam. A ciência não enfrentava a realidade até aceitar que a doença está ligada às emoções, crenças e expectativas da pessoa.”

“Para o leigo, o comportamento do caos parece perturbador e humano demais. Partículas de poeira que colidem entre si num raio de sol podem ser o retrato de uma multidão de solitários; a nuvem de fumaça pode, representar relacionamentos pessoais que não duram muito antes de acabarem sem mais nem menos.”

“A teoria do caos tenta explicar a ordem mais profunda que poderia existir sob o incessante jogo de criação e destruição da natureza. Nesse sentido ela é uma ciência otimista, porque cada nova camada de ordem surge como garantia, pelo menos para o leigo, de que a natureza faz sentido. Por outro lado, por que essa ordem se mantém imóvel? Porque não é assim que a natureza funciona, pelo menos na aparência. Para cada camada de ordem existe uma outra.”

“O caos pode ser um assunto interessante para a ciência, mas não é um modo de viver. A falta de significado dói demais. Os grandes cientistas exploradores que invadiram o coração da natureza, pretendendo desmanchar o núcleo dos átomos de hidrogênio e medir os mais distantes horizontes do espaço- tempo, esqueceram que para cada entrada existe uma saída. Para chegar a algum lugar você precisa sair de outro lugar. Isso significa que quando mais fundo o homem pretende explorar a natureza “lá fora” maior é o perigo de que possa a própria natureza humana, a realidade do “aqui dentro”, ficará abandonada.”

“O fato é que nutrimos o corpo com os impulsos da confiança e do amor, e o envenenamos com a desconfiança e o ódio.”




“Nossa cultura prefere acreditar que a doença é basicamente criada no nível material.”

“A dor da perda também se aloja no fundo de uma pessoa e, apesar de uma fibra de amianto vinda “de fora” ser bem diferente do luto, em algum nível profundo do ser eles agem de forma idêntica. O fato é que nutrimos o corpo com impulsos da confiança e amor, e o envenenamos com desconfiança e o ódio.”.

“(...) as imagens felizes que alegram nossos corações podem ser muito parecidas, mas suas memórias possuem um sabor pessoal que nunca poderei experimentar.”
“Tudo o que uma pessoa vivencia tem de passar por um filtro mental antes de ser registrada como real, o que significa que estamos constantemente fazendo realidade.”

“A mente não se demora em abstrações e prefere as coisas concretas. Portanto, quando surge um impulso de medo, ela logo procura ligá-lo a algo tangível.”

“Quando você começa a perceber que seus pensamentos mais queridos talvez sejam apenas reflexos, surgirá sem dúvida o desejo de libertar. Então, em lugar de se convencer disso por intermédio dos estímulos da dor e prazer, você passará a ver a possibilidade de uma nova perspectiva. (...) Sua percepção interna tem uma importância fundamental, na realidade que você vive.”

“O que desejo que você entenda é que é possível a liberdade de ter qualquer ponto de vista de sua escolha em, portanto, qualquer realidade. O que constrói sua realidade é seu ponto de vista básico, embora eu saiba que é quase impossível você ver isso agora. Se voltar a esse ponto de vista básico, você não se verá mais como uma vítima da vida. Na verdade, estará no real centro da vida e terá o poder de renová-la a cada instante.”

“Se você olhar atentamente a sua volta, verá que a natureza não faz nada senão curar”. Estrelas explodem, mas também são constantemente criadas; células morrem, mas também se dividem para produzir descendentes que levam o ADN à frente.
Sob essa luz, a vida se mostra como um milagre de renovação. Toda a ordem que se dissolve no caos volta como um tipo de ordem. Tudo o que a vida entrega à morte está continuamente remanescendo. A dança dos raios do Sol no mar, o verde luxuriante dos vales alpinos, a inocência das crianças, as mãos frágeis de uma velha que ainda retém sua graça apesar das marcas do tempo – todas essas coisas existem independentemente de nossos humores, esperando ser notados pela alegria que de fato contêm. Quando os pacientes passam por um a experiência de conversão, o que muda é seu modo de ver essas coisas e não a realidade em sim.
Quando nos damos conta de que a natureza contém a cura e a destruição entrelaçadas, surge a desconfiança de que todos os males que as pessoas sofrem são basicamente auto-infligidos. “Vemos nuvens em vez do arco-íris e as culpamos pela depressão que causam.”


“A mente rejeita violentamente qualquer sugestão de que sua dor, tão intensa e incontrolável, foi auto-infligida. No entanto, a dor nos chega através da conexão mente-corpo. Compreendido isso, nada mais lógico que entender que a conexão funciona nos dois sentidos. Se está provado que certas substâncias químicas do cérebro fazem as pessoas sentirem-se bem, não se pode negar a existência de outras que as fazem sentir-se deprimidas, doentes e sem esperança.”


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Thiago de Mello

As Ensinanças da Dúvida '

Tive um chão (mas já faz tempo)
todo feito de certezas
tão duras como lajedos.

Agora (o tempo é que o fez)
tenho um caminho de barro
umedecido de dúvidas.

Mas nele (devagar vou)
me cresce funda a certeza
de que vale a pena o amor. 

Thiago de Mello